Legado Do Caixeiro Alentejano - Associação Mutualista 266 760 680

História

Foi a 15 de Outubro de 1926 que se fundou a ASSOCIAÇÃO DE SOCORROS MÚTUOS “O LEGADO DO CAIXEIRO ALENTEJANO”, em sessão solene no Teatro Garcia de Resende e com cerca de cinquenta convidados. O grande impulsionador para a sua constituição foi JOSÉ MARIA CORREIA que, apesar de grandes dificuldades na aprovação dos primeiros Estatutos, nunca desanimou, conseguindo em 8 Outubro de 1927 que esses fossem aprovados. O fundador chegou ao ponto de ceder a sua habitação para os respectivos trabalhos, instalando-se aí a 1ª sede da Associação.

A Comissão Organizadora foi constituída com trinta e um elementos, tendo sido o auxiliar principal de José Maria Correia o associado Achiles Caeiro, que até à presente data foi o segundo associado que esteve mais anos como Presidente da Direcção (entre os anos de 1935 e 1950 interpoladamente), só ultrapassado pelo Engenheiro António Firmo (1998-2009), e o auxílio monetário foi dado pelo associado Claudino Augusto Monginho, sem este apoio dificilmente teria sido possível o seguimento da constituição da Associação.

Só depois da morte de José Maria Correia, a qual ocorreu em 5 de Dezembro de 1931, durante uma reunião para a revisão dos Estatutos, é que a Associação ficou com o nome ASSOCIAÇÃO DE SOCORROS MÚTUOS - JOSÉ MARIA CORREIA - LEGADO DO CAIXEIRO ALENTEJANO, isto por proposta do sócio n.º 1465 - António Joaquim da Silva Júnior.

Teve esta Associação desde a sua fundação, sedes nos seguintes locais:

  • Rua Alfaiate da Condeça, 17 - ÉVORA (Residência do Fundador)
  • Rua José Elias Garcia, 22-24 – ÉVORA – 02-02-1929
  • Rua João de Deus, 10-1º – ÉVORA – 31/01/1933
  • Rua Nova, 10-1º - ÉVORA - 21/12/1941 (até aos dias presentes)

Desde a fundação da Associação até Março de 1934, somente era permitida a entrada de associados que se dedicassem ao Comércio ou Industria, proprietários, empregados de escritório ou balcão entre as idades de 17 aos 45 anos. Em Março de 1942 passou a admissão de associados a ser dos 16 aos 60 anos e em Abril de 1959 ficou dos 16 aos 55, em 1985 dos 3 anos aos 55 e em 1993 desde a nascença até aos 60 anos.

Foi editado por esta Associação desde Dezembro de 1932 até Fevereiro de 1942, um boletim, que começou por ser mensal para depois se ir espaçando, tendo a sua publicação sido cancelada em virtude das despesas com o envio e impressão passarem a ser dispendiosas, por fim somente eram enviadas circulares actualizando os associados do movimento Associativo. O boletim viria a ser reeditado no ano de 1997.

Em 4 de Abril de 1985, foi feita a última reforma integral dos Estatutos da Associação, mas já em Dezembro de 2011 ocorreu uma revisão parcial dos primeiros 7 artigos de forma a integrar a possibilidade de serviços de saúde.

O LEGADO DO CAIXEIRO ALENTEJANO tem tentado acompanhar toda a evolução havida durante os anos da sua existência, principalmente nas últimas três décadas. Poder-se-ão verificar algumas iniciativas levadas a efeito, principalmente a sua área social que se iniciou com a aquisição do imóvel - Quinta dos Apóstolos, comprada em 1980 pela módica quantia de 6 mil contos.Nela existe em funcionamento desde 1 de Outubro de 1981, um Jardim-de-Infância, onde se recebem crianças dos 3 meses aos 6 anos de idade, iniciado com 17 crianças, hoje temos cerca de 80.

O lançamento da 1ª pedra para o Complexo de Apoio à 3ª Idade (Centro de Dia) foi efectuada em 12 Outubro de 1986, cerimónia celebrada pelo Arcebispo de Évora, D. Maurílio de Gouveia, e com Eucaristia dirigida pelos sacerdotes Paulo Cordovil e Dr. Victor Melícias, na capela da Quinta dos Apóstolos.

Inaugurou-se no dia 15 Outubro 1992 o edifício onde ficaram instalados os Tempos Livres, com capacidade para receber cerca de 40 crianças, e que serviu para a prática de diversas actividades como ginástica, festas, reuniões, teatro, funcionando desde 2005 como salas de Pré-Escolar dos 4 e 5 anos.

Em Assembleia Geral de Dezembro de 1992, foi proposto pela Direcção a alteração do nome da Associação, para LEGADO DO CAIXEIRO ALENTEJANO – ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA, o qual foi aprovado e registado no Diário da República-3ª.Série nº. 153 de 02-07-1993, folhas 12.064.

Mas as Direcções continuavam a verificar, que afinal os Associados mais beneficiados eram os da cidade de Évora, e a Associação do Legado do Caixeiro tem associados no âmbito nacional. Cerca de três mil e quinhentos inscritos, onde mais de um quarto são dos outros distritos e emigrantes. Por este motivo, continua-se a procurar motivos de interesse para que a admissão de associados fora de Évora, não seja nula definitivamente. Em 1993 inaugura-se uma residência para estudantes universitárias, com quartos individuais e duplos. Tendo nela residido, desde Paços de Ferreira até a Montemor-o-Novo, Associadas ou filhas de associados.

O Centro de Dia, foi inaugurado internamente aproveitando as comemorações do 70º Aniversário pelo Director do Centro Regional do Alentejo, Dr. António Eliseu Pinto, em representação do Ministro da Segurança Social. As instalações comportam, actualmente e após algumas reestruturações, cerca de 15 idosos, com capacidade para mais 55 em apoio domiciliário e é constituído por sala de estar, refeições, cozinha, lavandaria, copa, várias casas de banho de apoio e amplo espaço exterior para passeios e descanso.

Oficialmente o Senhor Secretário de Estado da Inserção Social Dr. Rui Cunha, descerrou em 22 de Março de 1997 uma lápide no Centro de Dia, que abriu aos Associados e à cidade no dia 03 Novembro de 1997, com integração do Apoio Domiciliário, com alimentação, higiene pessoal e doméstica, e ainda lavagem de roupa.

Foi assim possível criar um serviço social, destinado a todos os Associados, embora duma maneira geral contribua para toda a Cidade de Évora, que tem considerado os nossos serviços duma dimensão diferente de todos os equipamentos existentes. A actividade Social numa Quinta com cento e dez mil metros quadrados, modificou a Associação numa total estrutura que até ali existia. A entrada de associados passou a ser motivada, principalmente em escalões etários baixos, pois quando não são as crianças que passam a pertencer ao número de associados, são os pais cuja idade média ronda os 30 anos.

É evidente que todo este processo, obrigou que o quadro de pessoal que era só administrativo de oito funcionários, chegasse até aos quarenta e dois. Uma tarefa bem pesada quer no âmbito financeiro, quer no aspecto social e humano, tendo hoje em dia a Associação 37 funcionários.

Temos também em muitas localidades diversas Firmas com quem acordámos que um nosso associado possuidor de cartão possa usufruir de descontos em áreas como a saúde, mobiliário, electrodomésticos, ópticas, prontos a vestir, restaurantes etc.

Foi esta Associação condecorada pela Câmara Municipal de Évora, no dia 29 de Junho de 2001 com a Medalha de Mérito Municipal - classe prata, no ano do 75º. Aniversário. No mesmo ano (2001) a Câmara Municipal deu o nome do N/Fundador “José Maria Correia” a uma Rua do Bairro da Urbanização da Cartuxa.

Foi entregue em 04 de Junho de 2001, o projecto do Lar para a 3ª Idade, na Câmara Municipal de Évora, iniciando-se a em 29 de Dezembro de 2003. Após 10 anos de projecto e 8 de obras (Fevereiro de 2011), pudemos dar entrada aos primeiros utentes. O atraso na construção deveu-se a um enorme esforço financeiro da Associação, a qual não teve até à data apoios de quaisquer entidades, atingindo a sua construção o montante de mais de dois milhões de euros, pelo que as obras não puderam ser efectuadas com a rapidez desejada.

O Lar conta com 20 quartos (12 duplos e 8 simples), mobilados em madeira e com camas eléctricas, telefone, casas de banho privativas, e devidamente apetrechados em termos de segurança. Existem também, para os clientes com maiores problemas de mobilidade, duas casas de banho assistidas, as quais contam com um moderno equipamento para cuidados de higiene. Está contemplado gabinete médico, salas de estar com TV, espaço para leitura, cabeleireiro, ginásio e explanada. A Quinta dos Apóstolos dispõe também de uma capela e uma piscina exterior, para além de um espaço que permite o passeio pelas suas ruas ou o descanso ao ar livre na época mais veraneante. Há naturalmente o acompanhamento médico e de enfermagem e a possibilidade de adaptarmos outros serviços em função dos utentes que tenhamos. Os visitantes do Lar têm ficado bastante agradados com o espaço, claro e amplo, muito diferente de outros.